O atacante brasileiro Vinícius Jr, do Real Madrid, disse na segunda-feira (28) que continuará lutando contra o racismo, mesmo que seu ativismo seja o que o levou a não ganhar a Bola de Ouro, disseram à Reuters fontes próximas ao jogador.
Vinícius foi às redes sociais depois de ficar em segundo lugar na votação do prêmio, atrás do meio-campista Rodri, da Espanha e do Manchester City.
“Eu farei 10x se for preciso. Eles não estão preparados”, postou Vinícius no X depois que o Real Madrid cancelou os planos de comparecer à cerimônia em Paris, boicotando-a ao saber que o brasileiro não ganharia o prêmio.
Questionada sobre o que Vinícius quis dizer com a postagem, sua equipe de gestão afirmou à Reuters que ele estava se referindo à luta contra o racismo e que eles acreditam que isso foi o que causou a derrota no prêmio, dizendo que “o mundo do futebol não está preparado para aceitar um jogador que luta contra o sistema”.
O jogador da seleção brasileira, de 24 anos, foi alvo de insulto racial em várias ocasiões na Espanha, o que levou a pelo menos duas condenações por insultos racistas em casos pioneiros no país.
O Real ganhou o prêmio de clube masculino do ano, e seu técnico, Carlo Ancelotti, foi eleito o técnico masculino do ano, depois de conquistar os títulos europeu e espanhol em uma campanha quase perfeita na última temporada.
A France Football, que organiza os prêmios Ballon d’Or, não estava imediatamente disponível para comentar.
Os prêmios são baseados na votação de um painel de jornalistas dos 100 países mais bem classificados no ranking da Fifa.
Vinícius foi fundamental nas conquistas da Liga dos Campeões e da LaLiga, juntamente com Jude Bellingham, de 21 anos, que marcou 19 gols em uma brilhante campanha de estreia e ajudou a Inglaterra a chegar à final da Euro 2024. Ele ficou em terceiro lugar na lista da Bola de Ouro.
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