Toto Wolff, chefe da Mercedes, falou sobre a saída de Lewis Hamilton da Mercedes para a Ferrari, sugerindo que o heptacampeão da Fórmula 1 pode estar sentindo a necessidade de se reinventar, além de reafirmar que não vê a decisão de mudar de escuderia como traição do piloto britânico.
“Não há ressentimentos, não há traição. Também foi para o bem dele mudar. Essa foi a maior temporada entre um piloto e uma equipe. Foram 12 anos no total. E talvez ele precisasse, de certa forma, mudar e se reinventar”, disse Wolff à BBC.
Ida à Ferrari
No início deste ano, a Mercedes anunciou que Hamilton deixaria a escuderia ao fim de 2024. Minutos depois, a Ferrari comunicou a chegada do piloto a partir de 2025. O britânico substituirá Carlos Sainz como companheiro de equipe de Charles Leclerc na próxima temporada.
Hamilton ativou uma cláusula em seu contrato — que duraria até 2025 — para deixar a equipe uma temporada mais cedo e se juntar à escuderia italiana. Lewis compete pela Mercedes desde 2013. A parceria rendeu seis títulos de pilotos e oito de construtores.
“Ser piloto da Ferrari é super prestigioso. Talvez para nós como equipe também seja importante nos emanciparmos e seguirmos em uma direção diferente”, comentou o CEO da Mercedes.
Novo substituto
No mês passado, o italiano Andrea Kimi Antonelli, de 18 anos, foi anunciado como substituo de Hamilton na equipe. O novo companheiro de George Russel será o primeiro novato a pilotar pela Mercedes em 70 anos.
“Você só vai descobrir se alguém está pronto para a F1 quando você o joga na água fria. Acho que Kimi está preparado. Estamos fazendo o máximo para dar a ele dias de teste”, reforçou Wolff. “Você tem que dar tempo aos jovens motoristas. George [Russel] é um motorista formidável, um dos melhores. Você não pode esperar que um jovem de 18 anos sente no carro e o supere. Isso não vai acontecer. Impossível”.