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Rescisão da VaideBet é mais um problema para Augusto Melo no Corinthians; relembre

A rescisão de contrato da VaideBet, patrocinadora máster do Corinthians, anunciada nesta sexta-feira (07), é mais uma bomba que cai no clube, desde a chegada de Augusto Melo na presidência.

O empresário foi eleito no dia 25 de novembro de 2023 para o triênio 2024/2026, e seu mandato começou no início de janeiro. Desde então, Augusto Melo colecionou falas polêmicas e ações questionáveis à frente do clube. Relembre alguns.

Saída conturbada de Veríssimo

Lucas Veríssimo deixou o Corinthians no final de janeiro, rumo ao Catar. Segundo o clube paulista uma oferta definitiva estava nas mãos do jogador e de seus representantes desde o dia 4 de janeiro. No entanto, a documentação não foi assinada.

Ao “Canal do Benja”, o zagueiro disse que um dos motivos para não ficar no Corinthians seria uma suposta demora do clube no envio do contrato e no acordo com o Benfica. O Timão resolveu desmentir as alegações do zagueiro e publicou capturas de telas que comprovariam o envio de e-mails para o estafe com o pré-contrato.

Durante o imbróglio, Veríssimo chegou a participar do lançamento do então patrocinador máster, a VaideBet, dias antes de sua saída. Na ocasião, Augusto Melo chegou a afirmar que o zagueiro iria ficar em definitivo.

Desgaste e demissão de diretor

Rubens Gomes, o “Rubão” foi demitido do cargo de diretor de futebol no início de maio. Ele deixou o Corinthians em meio à relação desgastada que construiu com o presidente Augusto Melo. O diretor perdeu autonomia desde a chegada de Fabinho Soldado, executivo de futebol do clube.

“Não deu certo, o Rubão não teve capacidade para assumir o principal departamento do clube, que é o futebol. O Rubão é um mentiroso. Mentiu no caso do Rojas, mentiu sobre a VaideBet, comissão, tudo. E teve a lambança do Moscardo, do Lucas Veríssimo, que para mim, estava contratado, mas deu tudo errado. Eu tinha confiança no Rubão. E ele fez uma lambança atrás da outra”, disse Augusto Melo, ao Canal do Benja, no YouTube.

Dívidas por estrangeiros

O paraguaio Matías Rojas deixou o Corinthians em dezembro Segundo informações do apresentador da CNN Brasil, Benjamin Back, a saída do atleta se deu porque a diretoria não pagou o que devia.

Rojas chegou a ser informado de que os pagamentos seriam quitados em duas parcelas, o que não ocorreu. Augusto Melo chegou a falar, no “Domingol com Benja”, que já havia resolvido a situação com o jogador e que “colocou tudo em ordem”.

Outro caso envolve Rodrigo Garro, meia do Corinthians. A divergência de valores acabou atrasando a apresentação do jogador no Corinthians, que chegou a acionar a Fifa.

Agora, como informou a ESPN, foi a vez do Talleres acionar a entidade máxima, cobrando valores pela negociação. Segundo o clube argentino, o Corinthians não cumpriu o acordo de pagamento da transferência.

“Se tem problema de imposto, o nosso está pago. Isso é problema deles, imposto do país deles, eles que paguem. Garro é do Corinthians, não tem condições dele voltar para lugar nenhum. Queremos a liberação dele”, chegou a falar o presidente do Corinthians, à Rádio Bandeirantes, em janeiro deste ano.

Matías Rojas deixou o Corinthians após imbróglio financeiro / Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Interesse em Gabigol

Antes mesmo de tomar posse como presidente, Augusto Melo rasgou elogios ao atacante Gabigol, do Flamengo, e disse que o ele “tem a cara do Corinthians”.

As falas do mandatário chegaram a animar a torcida corintiana sobre uma possível movimentação para contratar o artilheiro. Melo ainda citou detalhes de um acordo entre as partes.

“O Gabigol nos foi oferecido. Chegamos a acertar tudo. Estava praticamente tudo certo. Ficamos um tempo esperando e chega uma hora que ‘pera aí eu vou desistir, não dá’. Era um primeiro projeto para a gente investir tudo de uma certa forma”, explicou.

Logo após as falas do presidente, Júnior Pedroso, agente de Gabigol, desmentiu as informações e disse que “em momento algum o Gabriel foi oferecido ao Corinthians ou a qualquer outro clube”, em entrevista ao Metrópoles.

“Como eu posso desistir de algo se não teve nada? Sem nexo isso. Se eu desisti é porque tinha alguma coisa, né? Ele (empresário de Gabigol) precisa explicar melhor se nunca teve mesmo. Teve, claro que teve. Estava tudo caminhando bem. Só que também tem um limite, o Corinthians é maior do que todo mundo, sempre vou lutar pela minha instituição”, disse Augusto Melo, encerrando o assunto.

Gabigol, em foto vazada com a camisa do Corinthians, foi elogiado por Melo / Reprodução

Atrito com parceiros

Augusto Melo chegou a causar desconforto com a Brax, empresa que fechou publicidade nas placas de campo da Neo Química Arena. O presidente anunciou, ao programa “Jogo Aberto” da Band, que a parceria renderia R$ 240 milhões pelo período de cinco anos, o equivalente a R$ 48 milhões por temporada.

A empresa se irritou com a exposição dos valores em TV aberta, já que o contrato entre as partes possui clausula de confidencialidade.

Outro acordo que gerou desconforto ocorreu com a Gazin, que cedeu colchões e camas ao CT do clube em troca de publicidade e um camarote na Neo Química Arena.

“Os colchões foram um ótimo negócio. Nos passaram que os colchões não eram trocados há dez anos, camas menores, gente dormindo com o pé pra fora. Não temos dinheiro pra isso. Então o Sérgio (superintendente de marketing) estava negociando a Gazin na camisa, mas eles acharam caro e aceitaram as permutas”, explicou o presidente, que também falou sobre o caso dos camarotes.

“Não é o preço que falam (dos camarotes), só falta meio ano. Então não é R$ 220 mil e sim R$ 110 mil. Se colocar R$ 107 mil com o que estamos dando, empata. Mas nós não tínhamos esse dinheiro”, declarou.

Contas bloqueadas

O acordo com a Brax, citado acima, causou outro problema para a gestão Augusto Melo. A parceria era uma garantia dada pelo clube para o pagamento de uma dívida com Carlos Leite, agente de jogadores como o lateral Fagner.

O atual presidente determinou a interrupção dos pagamentos, o que causou estranheza ao empresário. Após a ação de Melo, Carlos Leite conseguiu bloquear as contas do clube na Justiça.

“Esse presidente que entrou, que eu não o conheço, deu declaração que fechou contrato com a Brax de R$ 240 milhões. Ele é mentiroso, já era um contrato da gestão anterior, que foi intermediado por mim. Inclusive, esse contrato tem cláusulas de confidencialidade que ele não poderia estar falando”, chegou a falar Leite na época, em entrevista ao ge.

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