O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, analisou a decisão do STJD que não anulou o duelo contra o São Paulo, no dia 1 de setembro. O jogo terminou em vitória dos cariocas por 2 a 0. A diretoria são-paulina pedia anulação do jogo devido a erro do árbitro Paulo César Zanovelli no gol de Kauã Elias.
Segundo o mandatário do time carioca, a decisão foi dentro do que o Fluminense já estava programado, uma vez que o pedido era descabido.
“Diferente de um erro de arbitragem de campo, enfim, que nesse caso do Fluminense e São Paulo, na minha modestíssima opinião, sequer ocorreu uma falta a favor do Fluminense, que é cobrada pelo Fluminense, que resulta num gol. Então não houve nenhuma vantagem ao Fluminense ou prejuízo ao São Paulo“, começou Bittencourt.
“Então essa decisão de 9 a 0 é muito boa, no sentido de que a gente não tenha novas medidas até o final do campeonato, nesse sentido, senão o campeonato não vai acabar”, comentou,
Mário ainda fez questão de ressaltar que o Fluminense foi prejudicado contra o Vasco, em gol marcado por Vegetti, e nem por isso o clube foi pedir a anulação do resultado.
“Acho que existem casos e casos, vou dar como exemplo nosso este ano, Fluminense Vasco. A gente teve um lance claro que a bola bateu na mão do atacante do Vasco, claríssimo, a gente ficou muito chateado com esse equívoco da arbitragem, tomamos uma medida em relação à comissão de arbitragem, a comissão disciplinar aqui com relação ao árbitro”, disse.
“Mas em nenhum momento tentamos anular o jogo contra o Vasco, porque sabíamos que erros de arbitragem não são motivos para anular partidas de futebol, se assim fossem, centenas e milhares de campeonatos não teriam sido decididos no campo, isso é diferente de outros”, exemplificou.
Como foi o lance no jogo entre Fluminense e São Paulo?
Aos 31 minutos do primeiro tempo, Calleri, do São Paulo, e Thiago Santos, do Fluminense, disputaram a bola em direção ao campo de defesa do Tricolor Carioca. Para o time do Morumbis, o atacante recebeu um contato de mão no rosto, que seria uma falta do defensor.
O árbitro Paulo Cesar Zanovelli não sinalizou a infração e ergueu o braço como sinal de vantagem. O jogo seguiu, e o Fluminense balançou as redes em sequência. O VAR acionou o árbitro para solicitar a anulação do gol, mas a decisão de campo foi mantida.
Na denúncia inicial, a Procuradoria do SJTD destacou que, ao analisar o áudio do VAR e as regras, identificou o gesto feito por Zanovelli justamente como característico da vantagem. Nesse sentido, a partida não foi interrompida para a cobrança de falta ao jogador do Fluminense.
Porém, Thiago Silva tocou a mão na bola com esta intenção e cometeu uma nova infração, que deveria ter sido marcada em favor do São Paulo.