Reportagem de: Fabio Pereira
Moradores do Jardim Fiorelo, em Itaquaquecetuba, têm enfrentado problemas de infraestrutura na região. De acordo com residentes no local, as principais áreas afetadas são as ruas Araçai, Artemis, Aramina e Lutecia, onde os bueiros, mais conhecidos como boca de lobo, estão entupidos e não há o escoamento e a drenagem corretos, gerando, dessa forma, grandes concentrações d’água frente às casas.
Ainda segundo os moradores, eles têm medo do contágio por dengue, tendo em vista que estes são ambientes propícios para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. A população chegou a encaminhar um e-mail formalizando a reclamação junto à Secretaria Municipal de Serviços Urbanos. “Toda hora é uma desculpa diferente. As ruas da parte de baixo do bairro estão nessa situação intransitável”, observa um munícipe da região.
“Até a Defesa Civil já veio ao bairro. Qualquer chuva, a rua enche de água. Tiraram fotos e nunca mais voltaram. Temos conversas com o setor de obras da prefeitura, que há tempos está falando que vai mandar alguém, algum caminhão, e nunca manda”, finaliza.
A Prefeitura de Itaquaquecetuba informou que uma equipe técnica foi direcionada ao local para a realização de um diagnóstico do cenário e identificou que as galerias responsáveis pela drenagem da água estão entupidas com entulhos e terra em decorrência de construções em áreas indevidas, impedindo a fluidez da água até o córrego.
“Um caminhão com hidrojato foi direcionado ao local para realizar a desobstrução das galerias, mas sem sucesso. Nos próximos dias, uma retroescavadeira será enviada ao local para tentar abrir espaço e redirecionar a galeria, mesmo considerando que as moradias irregulares complicam os trabalhos devido à dificuldade de acesso das máquinas”, destaca a nota da administração municipal.
“A prefeitura reafirma que está à disposição da população e reforça que construções em áreas indevidas são ilegais. A administração continuará monitorando rigorosamente para evitar novos casos de invasões e, paralelamente, busca alternativas com programas de moradias e o atual Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR), que está em andamento”, finaliza.
Dengue
Segundo dados do Painel de Monitoramento da Divisão de Dengue, Chikungunya e Zika do Estado de São Paulo, Itaquaquecetuba já registrou duas mortes causadas pela doença neste ano. O primeiro óbito, que ocorreu em março, foi de um idoso de 68 anos. Por sua vez, a segunda morte foi registrada em 23 de maio. A vítima era uma mulher de 40 anos sem comorbidades.
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O Painel de Monitoramento aponta que a cidade tem atualmente 3.662 casos confirmados, outros 4.577 prováveis e 915 em investigação. Todas as cidades do Alto Tietê estão em situação epidêmica devido ao aumento de casos.
