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Jürgen Klopp explica decisão de se juntar à Red Bull como dirigente

Ex-técnico do Liverpool, Jürgen Klopp defendeu sua decisão de trabalhar para a Red Bull como chefe global de futebol a partir do próximo ano, após críticas de torcedores na Alemanha.

Klopp, que encerrou na última temporada uma bem-sucedida passagem de nove anos pelo Liverpool, também treinou o Mainz 05 e o Borussia Dortmund, ambos da Bundesliga, e muitos torcedores desses clubes ficaram irritados com sua decisão de ingressar na Red Bull.

Os torcedores em Mainz, durante um jogo da liga no início de outubro, até exibiram faixas expressando sua raiva pela decisão do ex-treinador. Klopp passou 18 anos no clube, primeiro como jogador e depois como técnico.

Muitos torcedores na Alemanha se opõem à estrutura acionária dos clubes controlados pela Red Bull, incluindo o RB Leipzig, onde a fabricante de bebidas energéticas os ajudou, com injeções de investimento, a subir das divisões inferiores até chegar à Bundesliga em 2016.

“Você não pode tomar uma decisão dependendo das reações que haverá”, disse Klopp ao podcast de Toni Kroos, ex-meio-campista da Alemanha e do Real Madrid.

“Tenho 57 anos e ainda posso trabalhar mais alguns. Mas não me vejo à margem por enquanto. Estava claro para mim que faria alguma coisa. Então a Red Bull veio. Para mim, é excelente.”

Klopp chegou ao Liverpool em outubro de 2015 e conquistou a Champions League, o primeiro título da Premier League para o clube desde 1990, o Mundial de Clubes, a Copa da Inglaterra, a Copa da Liga e a Supercopa europeia, além da Community Shield.

Ele também levou o Dortmund a títulos consecutivos da Bundesliga em 2011 e 2012, e também conquistou uma Copa da Alemanha, além de um vice-campeonato na Champions em 2013.

Klopp não estará envolvido nas operações diárias do braço futebolístico da empresa, mas atuará como consultor dos clubes de propriedade da Red Bull na Alemanha, Estados Unidos, Brasil e Áustria.

“Eu não queria pisar no calo de ninguém. Adoro todos os meus antigos clubes”, disse Klopp. “Mas não sei o que poderia ter feito para que todos ficassem felizes.”

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