O presidente do Inter, Alessandro Barcellos, anunciou o desligamento do diretor esportivo Magrão, na noite deste domingo (11), após o empate de 2 a 2 com o Athletico, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Beira-Rio.
“Queria comunicar a todos o desligamento do nosso diretor esportivo Magrão. Entendemos que o Magrão até o dia de hoje cumpriu o seu papel em uma função nova no futebol brasileiro e nova para ele. Mesmo sendo um cara do futebol. Neste período de gestão do futebol, os resultados não foram satisfatórios. Em um ambiente de profissionalização é necessário. Quando os resultados não acontecem, você precisa corrigir rumos e fazer mudança”, comunicou Barcellos.
Fortes acusações
O anúncio da saída de Magrão acontece em meio a semanas de muita polêmica envolvendo o nome do ex-volante colorado. Recentemente, o jornalista Thiago Suman divulgou um “dossiê” denunciando supostas irregularidades na contratação do atacante Lucca Drummond, de 20 anos.
De acordo com as publicações de Suman, haveria um suposto conflito de interesses na atuação de Magrão à frente do departamento de futebol do Inter. Segundo o texto, o ex-dirigente colorado teria ligação com o empresário de Lucca Drummond.
Em sua coletiva, o presidente Barcellos disse que o jogador foi contratado dentro dos processos habituais do Colorado, e que sua ida para o grupo principal aconteceu por pedido de Eduardo Coudet, ex-treinador do time.
“Esse processo foi conduzido todo pela base, documentado, e independentemente do Grossi não ter assinado contrato, existiam avaliações anteriores, que fizeram com que a direção tomasse a decisão de contratar. Existem outros casos semelhantes. O Lucca Drummond não teve um real de comissão, com um salário compatível, e curto. A subida do Lucca Drummond foi de inteira responsabilidade do Coudet. E o Roger na Bahia coloca ele na frente do Lucas Alario. E isso é exclusivamente responsabilidade do treinador”, explicou Barcellos.
A polêmica tem ligação com a demissão?
Ainda segundo Barcellos, em razão de toda a polêmica envolvendo Magrão, influenciaram sim na decisão pela demissão do dirigente. No entanto, o presidente afirma que não por culpabilidade do ex-volante, mas sim por um abalo emocional que estaria prejudicando sua função.
“Há uma percepção nossa, nas últimas semanas o Magrão tem sido impactado por informações que tratam de sua vida profissional antes de estar aqui no Inter, ataques em muitos momentos a sua família. Esses acontecimentos, combinados ao perfil sanguíneo, atuante do Magrão, fez com o que a gente percebesse que isso tivesse impactado o trabalho dele, esse impacto tira o brilho e o foco, isso é compreensível”, destacou Barcellos.
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