Apesar da violência dirigida aos torcedores de futebol israelenses em Amsterdã, a França não mudará os planos para o jogo da Nations League contra Israel na próxima semana, disse o ministro do Interior nesta sexta-feira (8).
“A França não recua porque isso equivaleria a desistir face às ameaças de violência e anti-semitismo”, disse o ministro do Interior, Bruno Retailleau, numa publicação no X.
As tensões sobre a conduta de Israel na guerra em Gaza estão aumentando na França, onde vivem as maiores comunidades judaicas e muçulmanas da Europa — e onde também as autoridades relataram neste ano um aumento nos incidentes anti-semitas.
Israel disse que enviaria dois aviões para trazer de volta da Holanda os torcedores do Maccabi Tel-Aviv, após ataques noturnos nas ruas que as autoridades descreveram como anti-semitas.
Vídeos que circularam nas redes sociais mostraram a tropa de choque intervindo em confrontos de rua, com alguns agressores gritando insultos anti-israelenses.
A polícia de Paris está planejando enviar mais de 2.000 policiais para o Stade de France na próxima quinta-feira, 14 de novembro, informou a BFM TV. Espera-se também que as autoridades isolem um perímetro de segurança grande.
O Ministério do Interior e o departamento de polícia de Paris não responderam imediatamente aos pedidos da Reuters para obter detalhes exatos dos planos.
Retailleau se reuniu com os dirigentes da federação francesa de futebol e do principal clube do país, o PSG, na manhã desta sexta-feira, após o desenrolar de uma faixa gigante “Palestina Livre” em uma partida da Champions League esta semana.