Carlos Sainz, da Ferrari, venceu o Grande Prêmio da Austrália neste domingo (24), em um retorno triunfante, duas semanas após uma cirurgia de apendicite, enquanto o atual tricampeão mundial pela Red Bull, Max Verstappen, abandonou pela primeira vez em dois anos.
Sainz, o único piloto que não é da Red Bull a vencer uma corrida na temporada passada, segurou o companheiro de equipe, Charles Leclerc, antes que um acidente na última volta com George Russell, da Mercedes, acionasse um safety car virtual e facilitasse o caminho do espanhol para a vitória.
“Foi uma corrida muito boa. Me senti muito bem lá”, disse Sainz, que perdeu a segunda corrida da temporada, na Arábia Saudita, enquanto se recuperava da cirurgia.
“É claro que foi um pouco rígido e especialmente fisicamente, não foi o mais fácil, mas tive sorte de estar mais ou menos sozinho e poder controlar meu ritmo, controlar os pneus, administrar tudo, e não foi a corrida mais difícil. Mas estou muito feliz, muito orgulhoso da equipe e feliz por estar na dobradinha com Charles aqui”, assegurou.
O britânico Lando Norris foi o terceiro pela McLaren, frustrando as esperanças do companheiro de equipe, Oscar Piastri, quarto colocado, de obter o primeiro pódio de um piloto da casa na corrida de F1 da Austrália.
Norris agora tem o maior número de pódios (14) sem vencer na F1.
Leclerc registrou a volta mais rápida para coroar um dia produtivo para a Ferrari, que agora está apenas quatro pontos atrás da Red Bull no campeonato de construtores.
Verstappen ainda lidera o campeonato de pilotos depois de vitórias no Bahrein e na Arábia Saudita, com 51 pontos, à frente de Leclerc, com 47.
Sergio Perez, da Red Bull, que terminou em quinto, está um ponto atrás de Leclerc, com Sainz saltando para o quarto lugar na classificação, 11 pontos atrás de Verstappen.
“Simplesmente, não tivemos ritmo hoje. Não tivemos ritmo durante todo o fim de semana”, lamentou Perez, acrescentando que a Ferrari teria “absolutamente” vencido mesmo se Verstappen percorresse a corrida toda.
Verstappen largou na pole pela terceira vez nesta temporada, mas abandonou na quarta volta com um problema nos freios quando chamas saltaram da traseira direita do carro dele.
Foi a primeira desistência dele desde que abandonou o Albert Park na corrida de 2022 e encerrou uma série de nove vitórias consecutivas. O jovem de 26 anos disse que basicamente dirigiu com o freio de mão acionado desde o início.
“É por isso que já parecia estranho dirigir o carro em algumas curvas. Foi muito rápido”, acrescentou.
A Red Bull sofreu duas derrotas em 26 corridas desde a última rodada de 2022.
O heptacampeão mundial Lewis Hamilton também foi forçado a sair mais cedo devido a um problema na unidade de potência, depois de largar em 11º no grid, pior qualificação em Melbourne desde 2010.
O companheiro de equipe do britânico, Russell, completou um dia sombrio para os Silver Arrows ao derrapar no cascalho na curva seis e bater na barreira para destruir o carro e trazer o safety car virtual.
Os comissários disseram que Fernando Alonso, da Aston Martin, desempenhou um papel na queda de Russell ao desacelerar rapidamente, já que Russell estava logo atrás.
Alonso, que terminou em sexto, recebeu uma penalidade de 20 segundos que o rebaixou para o oitavo lugar e também recebeu três pontos de penalidade.
Isso elevou o companheiro de equipe, Lance Stroll, para o sexto lugar, enquanto Yuki Tsunoda se tornou o sétimo, com o piloto japonês entregando à RB/Honda os primeiros pontos da temporada.
Nico Hulkenberg, nono colocado, e Kevin Magnussen, companheiro de equipe da Haas, completaram o top 10.
A Williams teve apenas um piloto na corrida, com Alex Albon terminando em 11º e fora da zona de pontuação — Logan Sargeant recebeu ordem de abrir caminho depois que Albon bateu o próprio carro no treino de sexta-feira (22).
Reportagem de Ian Ransom em Melbourne; edição de Peter Rutherford e Louise Heavens
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