A escala de trabalho 6×1, em que o trabalhador atua seis dias consecutivos e descansa apenas um, tem gerado debates acalorados sobre seus efeitos na saúde mental e na qualidade de vida dos profissionais. Segundo a psicóloga e psicanalista Dra. Luciana Inocêncio, este modelo pode trazer sérias consequências para o equilíbrio emocional e físico do trabalhador.
De acordo com a especialista, a falta de tempo suficiente para descanso adequado e recuperação pode levar ao acúmulo de fadiga física e mental, intensificando os níveis de estresse e o risco de desenvolvimento de transtornos como o Burnout. “A rotina acelerada constante aumenta o estresse, afeta a qualidade do sono e limita o tempo para a convivência com a família e os amigos, gerando sentimentos de isolamento e insatisfação com a qualidade de vida”, alerta Dra. Luciana.
Além disso, a psicóloga enfatiza que o tempo restrito de descanso impacta a produtividade e dificulta a organização de atividades essenciais para a vida cotidiana, como cuidar da saúde, resolver pendências pessoais e realizar atividades físicas. “O descanso adequado, incluindo momentos de desconexão total, é fundamental não apenas para a saúde mental, mas também para a produtividade laboral”, destaca.
Com especializações em Transtornos Graves das Psicoses, Psicologia Hospitalar e Clínica, entre outros, Dra. Luciana Inocêncio reforça a importância de reavaliar práticas laborais que comprometam o bem-estar dos trabalhadores.
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