Após recorrer da decisão da CBF que determinou portões fechados no jogo entre Cruzeiro e Palmeiras, o Governo de Minas afirma que ainda não recebeu o retorno da Confederação Brasileira de Futebol.
A Itatiaia entrou em contato com o governo do estado, que informou que a Advocacia Geral do Estado, responsável por mover a ação, não recebeu resposta da entidade máxima do futebol brasileiro sobre o pedido do Governo de Minas.
A 48 horas para partida das 21h30 de quarta-feira, os torcedores das duas equipes têm criticado duramente a decisão da CBF.
O vice-governador, Mateus Simões, disse que o estado nunca pediu portões fechados, e sim, torcida única, com a presença apenas dos torcedores do Cruzeiro.
A preocupação do vice-governador com o jogo entre Cruzeiro e Palmeiras se deveu à emboscada de integrantes da Mancha Alviverde contra integrantes da Máfia Azul, que terminou com a morte de um cruzeirense e mais 18 feridos.
“O que nós estamos recomendando desde a morte daquele cruzeirense, há cerca de um mês, no estado de São Paulo, é que a gente tivesse torcida única dentro do estádio. Torcida única que já aconteceu em vários momentos em virtude do comportamento das organizadas. Essa é nossa recomendação enquanto poder público. Não tem motivo para prejudicar os torcedores do Cruzeiro, o futebol, fechando os portões do estádio, sendo que nosso problema é especificamente contra as torcidas organizadas”, argumentou.
Após a CBF determinar os portões fechados, o Palmeiras divulgou uma nota dura contra o governo de Minas.
A direção palmeirense disse que vai acatar a decisão Confederação Brasileira mas lamentou que o Governo de Minas e a Polícia Militar de Minas Gerais “não tenham apresentado um plano que pudesse garantir a presença de palmeirenses e cruzeirenses no estádio”.
O vice-governador rebateu a nota que foi publicada no perfil do Palmeiras e da presidente do clube, Leila Pereira.
“Não admito o tom que está sendo utilizado pelo Palmeiras dizendo que não estamos garantindo a segurança do estádio. Não estamos discutindo sobre a segurança do estádio. Por outro lado, é inacreditável que a CBF ignore o assassinato de um torcedor na estrada há um mês. Espero que a gente tenha tranquilidade para resolver isso. O Estado está judicializando a questão para que os precedentes da própria CBF sejam atendidos e tenhamos torcida única dentro do estado”, disse.