Reportagem de: Fabricio Mello
A partir de 2025, a concessionária CCR RioSP deve implementar o sistema de pedágio eletrônico “free flow” (fluxo livre, em tradução direta do inglês) na rodovia Presidente Dutra. A novidade vem, ainda, acompanhada de uma série de inaugurações para interligar diferentes trechos da pista entre São Paulo e Arujá.
Segundo Cleber Chinelato, gerente de tecnologia CCR Rodovias, os trabalhos somam um investimento de R$ 1,4 bilhão entre tecnologias e obras de acesso. A infraestrutura deve receber, ainda de acordo com a CCR, o tráfego diário de 300 a 350 mil motoristas por dia.
Em meio às mudanças, a CCR pretende adotar um novo modelo de tarifa na pista para coordenar o trânsito e “garantir mais fluidez”: o free flow. Com a conclusão dos serviços, a Dutra deve contar com 21 pórticos de pedágio eletrônico, que serão instalados, principalmente, nas novas alças de acesso às pistas expressa e marginal.
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Cleber Chinelato explica, porém, que quem pratica longas distância não será impactado pela nova cobrança. “Se a pessoa vem do Rio de Janeiro, por exemplo, para São Paulo, mesmo passando pelos pórticos de cobrança eletrônica, ao pagar o pedágio de Arujá, automaticamente não haverá nenhum outro tipo de cobrança”, explica.
Tomando o pedágio em Arujá como exemplo, caso o motorista decida utilizar a pista expressa e siga até São Paulo, ele também pagará somente a tarifa da praça já existente. Porém, caso, em dado momento, ele decida seguir por uma das novas alças – que levarão à rodovia Fernão Dias e ao aeroporto de Guarulhos, por exemplo – ele pagará uma tarifa calculada proporcionalmente ao trecho percorrido.
De acordo com Cleber, os valores das futuras tarifas de cada pórtico free flow ainda não foram definidas, mas devem ser estabelecidas até o fim de janeiro de 2025. Ele diz ainda que o funcionamento deverá ocorrer em março do ano que vem.
Pagamento do free flow
Em relação ao processo de pagamento das tarifas, a CCR explica que haverá duas modalidades para os motoristas: o pagamento por meio do sistema de tags e pelo aplicativo ou site da própria concessionária.
No caso das placas, a CCR explica que é uma modalidade para os motoristas que não desejam realizar nenhum tipo de “vínculo”, apesar de recomendar a adoção da outra alternativa. Nesta opção, o sistema irá ler a placa de cada veículo e emitir a cobrança. Posteriormente, através de sistemas fornecidos pela concessionária, o motorista pode consultar qualquer débito pendente através da placa do automóvel e realizar o pagamento.
Multa
Ao passar por um pórtico do pedágio eletrônico, o motorista terá até 30 dias para quitar quaisquer débitos com a concessionária. Após esse período, é considerado o não pagamento da tarifa, o que é enquadrado como violação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Nesse caso, a multa por evasão é de R$ 195,23, além de descontar 5 pontos na carteira de motorista do condutor responsável pelo automóvel.