O América foi às redes sociais neste sábado (23) e publicou um vídeo em que se despede do meia Juninho. Aos 37 anos, o capitão da equipe está de saída após a temporada e deve ser reforço do Goiás em 2025.
“A história da América é marcada por jogadores que compreendem nossa cultura e se dedicam de corpo e alma à nossa armadura em cada partida”, diz trecho do texto publicado pelo Coelho, junto com um vídeo que mostra momentos da passagem de Juninho pelo clube.
“Foram nove temporadas de parceria e muitos momentos que ficarão gravados na história do clube. Entre eles, o pênalti que nos classificou para a semifinal da Copa do Brasil de 2020, e nossas participações inéditas na Libertadores e na Sul-Americana”, completou o América.
Juninho fará sua última partida com a camisa do América diante do Brusque, às 18h30 (de Brasília) deste domingo (24), no Independência, em Belo Horizonte, pela 38ª e última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. No Goiás, o volante foi um pedido de Vagner Mancini, técnico com quem trabalhou durante dois anos no Coelho e viveu seu melhor momento na carreira.
A história da América é marcada por jogadores que compreendem nossa cultura e se dedicam de corpo e alma à nossa armadura em cada partida.
E você Juninho, sempre demonstrou respeito, carinho e, principalmente, dedicação em todos os momentos em que representou o América Futebol… pic.twitter.com/8seocdAY3R
— América FC (@AmericaFC1912) November 23, 2024
Recordista
Na última temporada, Juninho se tornou o jogador que mais vezes vestiu a camisa do América. Durante os oito anos, o volante entrou em campo em 437 oportunidades. Ele ultrapassou o ex-goleiro Milagres, que jogou 372 partidas pelo Coelho, e Gaia, que entrou em campo por 360 vezes.
Nove temporadas de América
Início de tudo
Juninho foi contratado pelo América em 2016, por empréstimo, junto ao Athletico Paranaense. No primeiro ano de clube, ele participou do rebaixamento à Série B, mas o bom desempenho individual fez com que o Coelho o contratasse em definitivo para o ano seguinte. E a redenção em pouco tempo, logo em 2017.
Juninho foi fundamental no título da Série B do Campeonato Brasileiro, desbancando o Internacional, que ficou na segunda colocação. Esse foi o primeiro e único troféu que o meio-campista levantou na carreira. Naquela temporada, ele entrou em campo em 38 oportunidades, sendo peça importante na conquista da taça.
No ano seguinte, porém, o América viria a ser rebaixado novamente à Segunda Divisão, tendo ficado a três pontos do Vasco, primeiro time fora do Z4. Em 2019, Juninho assumiu o protagonismo do meio de campo do Coelho e, por muito pouco, não conquistou novamente o acesso à Série A.
Ascensão
Se no ano de 2019 o América bateu na trave, em 2020, a glória veio em ano histórico. O Coelho brigou pelo título da Série B até a última rodada com a Chapecoense, tendo terminado como vice-campeão (e com o acesso garantido à Primeira Divisão). Já na Copa do Brasil, Juninho foi pilar de uma campanha histórica, que levou o clube até a semifinal.
Nesse momento, o espírito de liderança já dava ao volante a faixa de capitão do América. Foi assim que, em 2021, Juninho fez parte da melhor campanha do Coelho na história da Série A. O time alviverde ficou em oitavo e se classificou à Copa Libertadores. Naquele ano, ele também foi premiado como o melhor volante do Campeonato Mineiro.
Já em 2022, a campanha na fase de grupos não foi como esperada, e o América caiu na fase de grupos da competição. Porém, naquele mesmo ano, o Coelho voltaria a fazer grande temporada na Série A, se classificando à Copa Sul-Americana. Cada vez mais, o clube alviverde se mostrava como um exponencial de organização em Belo Horizonte.
A queda
Em 2023, um novo baque. Ainda que tivesse bons jogadores no elenco, o América não conseguiu dividir as atenções entre todas as competições que disputava, sendo novamente rebaixado à Série B. Essa foi a pior temporada do Coelho na história do torneio, tendo conquistado apenas 24 pontos.
Já em 2024, a página virou, o América despontou como favorito para conquistar o acesso, mas perdeu forças e não figurará entre os quatro primeiros. Juninho, por sua vez, atuou em grande parte da temporada como uma espécie de meia-armador, diferente da função de segundo volante que fez durante a carreira.