No dia 17 de outubro de 2023, Neymar deixou a partida entre Brasil e Uruguai chorando após sofrer uma lesão em campo. Naquele dia, a Seleção perdeu o jogo válido pela quarta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo por 2 a 0 e acabou perdendo também seu principal jogador.
No dia seguinte, a CBF confirmou que o camisa 10 da Amarelinha rompeu o ligamento cruzado anterior e o menisco do joelho esquerdo. Um ano se passou e, enquanto Neymar se recupera, a Seleção sofreu com resultados ruins nas Eliminatórias, chegando a ficar na sexta posição, última que garante classificação direta à Copa.
Para o comentarista da CNN Maurício Noriega, o Brasil poderia ter tido um ano diferente com a presença de Neymar.
“Pra mim o Neymar faz muita falta pra Seleção Brasileira sempre, em qualquer jogo. Entendo que ele, presente na Seleção, em forma, jogando bem, a Seleção Brasileira fica muito mais forte. Tenho certeza que ela estaria disputando com a Argentina hoje a liderança das Eliminatórias“, avaliou.
Quanto ao Al-Hilal, clube do jogador, a história é bem diferente. A equipe comandada por Jorge Jesus acumulou títulos e recordes na última temporada, inclusive o de maior sequência de vitórias, quando venceu 34 jogos seguidos e foi parar no Guinness Book. Para Noriega, a presença de Neymar talvez tivesse engrandecido esses números.
“Acho que esse recorde seria estabelecido de qualquer forma, com ou sem Neymar, pela diferença que o time tem mostrado em relação aos adversários da Arábia Saudita. Talvez com o Neymar fosse um time mais exuberante, com mais jogadas bonitas, com mais gols, inclusive a participação dele. Acho que seria tão forte, até mais forte do que é, se o Neymar tivesse jogado esse período”, disse o comentarista.
Extracampo
Apesar de sempre mostrar o processo de recuperação, Neymar sofre críticas pelo extracampo. O atacante teve um ano turbulento e recheado de polêmicas, mesmo sem jogar. Do cruzeiro “Ney em Alto Mar” a troca de farpas com Luana Piovani nas redes sociais, Neymar seguiu estampando as manchestes dos jornais, o que, para Maurício Noriega, não foge do normal na vida do craque brasileiro.
“Quanto a postura dele, é o jeito dele ser. O Neymar é um cara midiático, ele gosta de festa, ele gosta de balada. Então não mudou nada na vida dele. Quem esperava um comportamento diferente, mais arredio, mais recluso do Neymar, isso não aconteceu nesse período”, explicou.
“É muito difícil comparar lesão de uma pessoa com a lesão de outra pessoa. Cada organismo reage de uma forma, difícil a gente afirmar qualquer coisa. Acho cruel creditar ao Neymar, ao comportamento dele, essa coisa dele aparecer, dele gostar de viajar, dele curtir a vida, a uma demora na recuperação da lesão. Prefiro achar que a demora é pela gravidade da lesão. E eu tenho certeza que ele fez o que podia fazer de melhor em termos de tratamento”, concluiu o comentarista.