Zé Roberto Guimarães, técnico de vôlei, falou sobre a passagem pelo Corinthians como diretor de futebol e revelou o motivo que culminou em sua saída da equipe paulista.
Além disso, o treinador deixou em aberto a possibilidade de retornar ao futebol.
“Um dia eu cheguei no Parque São Jorge para trabalhar, e eu sou são-paulino. Lógico que o pessoal dizia: ‘Pô, o que um são-paulino faz trabalhando no Corinthians?’. Eu trabalhei com muita dedicação e tentando fazer o meu melhor, eu sou um profissional e torcia muito para o Corinthians ganhar todos os jogos”, revelou o treinador da seleção feminina de vôlei.
Passagem pelo futebol
Zé Roberto assumiu o cargo de diretor de futebol do Corinthians em 1999. Com um currículo invejável no vôlei, se tornou o responsável pelo departamento de futebol do clube alvinegro.
Na época, o clube iniciou uma parceria com o fundo norte-americano Hicks, Muse, Tate & Furst, sob a gestão de Alberto Dualib. Milhões foram investidos pelo grupo com o objetivo de fortalecer o elenco corintiano.
O Corinthians se tornou campeão brasileiro em 1999 e conquistou o mundial de clubes em 2000.
Zé Roberto encerrou a passagem após ser pressionado pela Hicks Muse para vender os jogadores que pertenciam à parceria.
“Foi uma experiência muito boa, eu só saí quando o Dick Law, representante da Hicks Muse aqui no Brasil, meu chefe, falou: ‘Vamos ter que começar a vender os jogadores da parceria, porque o fundo de investimento quer começar a ter um pouco do dinheiro investido de volta’. Eu disse: ‘Dick, você quer que eu dê a notícia pra torcida do Corinthians que nós vamos vender o Luizão, Vampeta, Rincón e Edílson? Tá louco’”, contou.
A parceria acabou logo no segundo ano sob alegação do grupo de que o Corinthians não cumpriu algumas cláusulas. A Hicks entrou com uma ação cobrando R$ 45 milhões do Timão.
Retorno ao futebol?
Após sair do Corinthians, Zé Roberto retornou ao vôlei em 2000, assumindo a equipe feminina do Osasco. Em 2003, se tornou técnico da seleção feminina de vôlei, onde iniciou sua trajetória vitoriosa.
O treinador subiu ao lugar mais alto do pódio em Pequim 2008 e Londres 2012, além da prata em Tóquio, em 2021, e o bronze em Paris 2024.
Mesmo diante de tanto sucesso no vôlei, Zé não descarta a possibilidade de retornar ao futebol.
“Eu deixo meio que a vida me levar, mas a minha vida mesmo é vôlei. Mas o dia que eu parar e me chamarem pro futebol, quem sabe?“, finalizou.
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