Região do Alto Tietê é beneficiada com regulamentação inédita do cultivo de cogumelo

A região do Alto Tietê será beneficiada com a Regulamentação da Fungicultura. A assinatura da resolução que prevê o processo aconteceu na última quinta-feira (13), durante evento promovido em Mogi das Cruzes.

Até então, o cultivo de cogumelo era enquadrado na categoria de olericultura, que regulamenta a produção de legumes e verduras. Com a assinatura da resolução, a atividade passa a ter sua própria classificação, o que possibilita a criação de políticas públicas para o setor, o fomento e o estímulo para a ampliação da atividade.

O cultivo de cogumelo é uma importante atividade da região do Alto Tietê, que a cada ano injeta pelo menos R$ 28 milhões na economia local com a produção de cerca de seis mil toneladas do alimento.

“Nossa região é reconhecida como o Cinturão Verde do Estado e nossos agricultores estão sempre em busca de oportunidades e investimentos para melhorar o setor. Essa regulamentação vai fortalecer cada vez mais o cultivo de cogumelos e trará garantias para os produtores, gerando renda, empregos e melhoria na qualidade de vida. Nossa região é a maior produtora nacional do alimento e a resolução vai abrir diversas possibilidades, como a ampliação de seu uso em nossa merenda escolar”, afirmou o prefeito de Salesópolis e presidente do Condemat+, Vanderlon Gomes.

O secretário executivo da SAA, Edson Fernandes, reforçou que a iniciativa trará impactos positivos além do âmbito nacional. “Essa regulamentação é um marco, traz segurança jurídica e abre portas para o setor de fungicultura de São Paulo, que é líder nacional com 80% da produção. Com isso, a atividade passa a ter uma classificação correta e abre caminho para ter reconhecimento junto ao CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) da Receita Federal. Esperamos que o Ministério da Agricultura dê continuidade ao trabalho para facilitar a produção e comercialização, além da importação de insumos interligados à cadeia”, afirmou.

A produção de cogumelo movimenta cerca de US$ 50 bilhões no mercado mundial, número que tem potencial para alcançar US$ 100 bilhões nos próximos seis anos. “Hoje somos mais de mil produtores de cogumelos só no estado de São Paulo. É uma cadeia virtuosa e altamente tecnificada”, disse o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cogumelo, Daniel Gomes.

De acordo com Renato Abdo, diretor executivo do Instituto de Desenvolvimento da Horticultura no Estado de São Paulo (APHORTESP) – uma das entidades que propôs a regulamentação da atividade -, a iniciativa vai “impulsionar outros estados a fazerem suas próprias regulamentações”.

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